segunda-feira, 9 de julho de 2012

Foi o vento que trouxe





Foi o vento que espalhou pela cidade inteira
todo  aquele odor cadavérico, tão nauseante. 
Era quase impossível respirar, não havia barreira
que impedisse de espalhar  o odor sufocante. 

Era impossível não ver aquelas carcaças na colina,
e lembrar que é frágil ao que a vida se destina,
também constatar quão fatal é a morte, bailarina
que dança entre corpos a vista de aves de rapina.

Bateu o vento nas janelas lembrando aos moradores,
que eles ainda tinham vida, mantinham  a essência,
o  vento trouxe as lembranças das forjas de horrores.

O  cheiro pútrido pairava ao longo de  toda a cidade,
fez lembrar a todos que a morte opera sem clemência
não escolhe quem abate grassando assim sem piedade.

2 comentários:

MPadilha disse...

Boa estreia! Seja bem vindo ao Vale!

Joana D'arc disse...

oi
tudo bem?
Acabei de publicar meu 9° livro Sob o Luar e gostaria de saber se vc tem interesse em fazer a resenha.


obrigada