Afoito, eu prendo seu
anjo da guarda,
que se quede ele no
portão do inferno,
essa maldita cancela
interna do cão coxo,
o demônio perverso que
a tudo observa.
De bom grado é que
amarro a sua alma,
com a mesma corrente
amaldiçoada,
que amarra as almas do
purgatório,
cadentes no limbo a
espera de remissão,
ignóbeis grilhões da
negra opressão,
vis correntes de servidão
espiritual,
os anéis de sofrimento
encadeados,
feitos na corrente
dos treze elos,
onde cada elo funesto
e excomungado
forma um sinistro laço de servidão,
grossas correntes que
aprisionam,
a ferir a pele, dilacerar nervos e carne.
Nego a minha presença,
nego minha visão,
e longe de mim há de
chorar na solidão,
e gemer nos dias e na
noite intermináveis,
lamentar, lastimar-se
tão profusamente,
em rios de lágrimas
fartas e copiosas,
vertidas elas ao longo
das horas passadas,
quedando-se em atrozes
lamentos doloridos,
mais cruciantes que
são no soar da meia noite.
Nego minha afeição,
todo meu bem querer,
para que somente ouça
lúgubres gemidos,
todas dolentes
lamentações tão pranteadas,
bem mais do fundo do
seu ouvido esquerdo.
Ecoando elas de sete
em sete horas,
retumbando por sete
minutos inteiros
e tanto tormentosos
outros momentos,
e terá saudades de mim
doendo no peito .
Seja feita essa
vontade pedida das trevas,
feita e refeita e
anunciada pelos videntes,
espectros sem nome de
oráculos sonantes,
da avantesma do homem de olhos penetrantes,
não terá paz na vida enquanto se afastar.
by ArysG@ioVani
não terá paz na vida enquanto se afastar.
by ArysG@ioVani
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