sábado, 17 de novembro de 2012

POE'SIA, QUASE HERESIA

 

POE'SIA, QUASE HERESIA


No laço vil traço momentos
instante preciso,
perfume de resto
fração de sinfonia
na porta aberta dos cílios escravizados
alguma história pra se contar


ávido momento
estímulo somático
chuva fina a farelar
cheiro de vento
orquestra se temperando
e estas mãos que começam a rabiscar


boca amarela traceja o ar
traz-me o veneno
de absinto
veste-se a morte
quase a abocanhar


de mim arranco os versos
espasmos de folha
sangra o meu destino
estou a deriva
sutil toca-me a morte


nesta hora, sequer sei quem sou
espantalho a espera dos corvos
algum deverá pousar
toma-me, bebe-me, embriaga-te
voz singular
lateja em meu cérebro


Ínfimo dos sentidos
fio tênue
prende-me à carne
ressoa um clamor
a febre esvai-se em suor
embate contra mim a sobriedade
desperto de mais uma guerra
entre a pólvora, o canhão e esta paixão que me devora.


 Thiers R> e Cientista

4 comentários:

Thiers Rimbaud disse...

Me, escrevi este poema com um amigo, vulgo 'Cientista', coloquei nestemeu retorno pq acho q combina com o Vale.

Jorge Goncalves disse...

Gosto do estilo gótico, acho o template muito bom, tomei a ousadia de colocar seu banner no meu blog. muito criativo e imaginativo. Parabéns.

Sensibilidade a navegar com poesias disse...

Parabéns pelo belo Blog...me visite e participe do meu Blog...

Maria Goreti Rocha disse...

Linda esta poesia do Thiers e Cientista, 1ª colocada no último Torneio de Parcerias da Comunidade Navegantes das Estrelas, no orkut! Aliás, prêmio mais do que merecido!
Parabéns Thiers!
.....
Me, o blog está lindo!
Parabéns pra você também!

Beijão