de Angela Oiticica
Cantava e estalava os dedos. A vida em si se partia em direções tão diversas. Os momentos aguardavam sem rimas sua balada rítmica. Levara os tiros a queima roupa de um freguês que recusara amar.
Escorria golfadas de sangue numa noite bárbara na saideira do bar. Assim mesmo
estalava os dedos. Cantava. Marcava o ritmo das chicotadas bandidas, estaladas pela vida, numa noite sem luar.
Pequena esquina aquela. Amontoada de nódoas bordadas pelas sombras. Guardada pela solidão, tombava sem vida a sorrir da multidão que nada perguntava.
Angela
2 comentários:
Nossaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa que coisa linda e nua e crua e real.
Putz fiquei de queixo caído. Um texto tão curto e tão forte.
Só alguém especial poderia fazer isso.
Parabéns Angela.
Muito bom. Parabéns. Arrepiante de bom querida. Bjs
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