sexta-feira, 7 de março de 2008

A Fúria da Foice





Foice de amarguras
sua fúria ceifou
minha alma , deixando
minha aura escura.


Fúria da foice que domina,
vem chegando e podando
toda alegria, numa fúria incessante
e enlouquecida.


Cortou minha trilha,
ceifou minha vida,
arrancou do meu peito
a esperança contida.


Esta fúria que move
montanhas, que parte
em duas partes minhas
feridas, feito a foice da morte
marcada para aquele dia.


Mata tudo que vem pela frente,
a fúria da morte...
feito foice demente, afiada,
de dois gumes delinqüentes


Nessa ira que me envolve,
nessa foice que me corta,
entregar-me-ei ao ócio e naquele
pódio que nunca pertenci, deixarei
que a fúria da foice me dilacere até me
sucumbir.


Fúria da mente
Foice do ódio
Morre tudo que se tem
Mata tudo que se pode.


Leni Martins

Um comentário:

MPadilha disse...

Esse poema deu trabalho no concurso. Foi um forte concorrente. Muito bom Leni.