Bem vindos ao Cemitério do Vale das Sombras. Uma Necrópole de nossos textos sombrios. Aqui só crônicas, poemas, contos e tudo no bom e velho estilo gótico de viver. Falou de morte? Poste aqui. Tristezas? Raiva? Contos macabros? Fábulas assombrosas? Temas exóticos? Textos fantasmagóricos? Aqui não tem meio sorriso, sorriso inteiro, só choro e sobrenatural. Venha fazer parte das almas atormentadas do Vale das Sombras.
domingo, 8 de junho de 2008
SONETO
Sou tudo que sobrou da minha memória
Estando vivo sem nunca ter estado
Sou o único sem ser despedaçado
Do meu convívio de paixão na escória.
Sou aquele que vê suas ruínas
Sou ruínas do vento que chorou
Sou assassino e o tempo me matou
Deixando-me amparado por latrinas.
Fui minha imagem tola todo tempo
Serei ainda um sol de cal deposto
Nesta unidade sem calor que é a vida
Sou meu adeus feliz sem despedida
Minha tragédia heróica de cimento
Suor sem sal que escorre do meu rosto.
Dos Anjos
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