E me deixas a sós com esta anciã.
Em que lugar, em que distância me escolheste o castigo
O temor do perigo que nem sei se há?
Por que o silêncio?
Por que tudo o que penso
É terror, coisa malsã
Coisa menor?
Por que a dor de um temor maior?
Que notas em escalas tão sabidas
Ocorreriam em nossas vidas
Não fosse o aprendizado do pior?
Por qual razão justificável
Vago neste lúmpen, tolerável
Apenas por ser teórico
Ou ser meramente retórico.
Por que razão me exponho à cegueira
Do que verei, de alguma maneira
A me esbordoar a face
Para que, como quem renasce
Um dia, quem sabe, eu acorde.
Um comentário:
O seu sem título, é de uma intensidade estupenda.
Ruy, muito linda essa maneira de conversar consigo mesmo... Muito..
Amei este monólogo... Amei mesmo!
Creio que vc já acordou.....
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