sábado, 7 de fevereiro de 2009

Véu da Lua Nova




Seis corpos deixados sob a Lua,
O véu de um sombrio inverno começa a cair.
Solitários olhos desabrigados,
De seu solene chamado, passaram a fugir.

Zombando da solidão do século
Enquanto o mundo continua seu insano vaguear.
Pedras antigas semeiam as estradas do futuro
E o coração sábio, em um bobo, teme se tornar.

E parece que não há nada que se possa fazer
Para impedir as coisas de se transformarem
Em impiedosas telas tão comuns aos olhares
Que vêem sangue, mas ignoram a dor que nos faz gemer.


Moisés Bentes de Siqueira Cavalcanti

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