quinta-feira, 9 de abril de 2009

DEGREDO-VIDAO

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Céu que agora desaba é um inferno
Complexo, pois todo Céu possui um inferno
Para prestar contas de vivência.


Eu me tranco, no degredo-alma
De um só quarto.


Fujo do escpectro vil que se chama
Vida


E corro pela sombra demente e ausente
Do meu pensamento.


As calçadas, cheias de pedintes sem vida
Imploram o meu socorro à toa
Uma ajuda vã, guardada pelo cadeado
Da existência!


dos Anjos

Um comentário:

Adroaldo Bauer disse...

O monumento é de papel crepom e prata
Os olhos verdes da mulata
A cabeleira esconde atrás da verde mata
O luar do sertão
O monumento não tem porta
A entrada é uma rua antiga, estreita e torta
E no joelho uma criança sorridente, feia e morta
Estende a mão…

Viva a mata ta tá
Viva a mulata ta ta ta tá

No pátio interno há uma piscina
Com água azul de Amaralina
Coqueiro, brisa e fala nordestina
E faróis
Na mão direita tem uma roseira
Autenticando eterna primavera
E no jardim os urubus passeiam a tarde inteira
Entre os girassóis…

(Caetano Veloso) Tropicália - trecho