sábado, 24 de abril de 2010

é sem cangalha que me vou

















Ah, o infinito!
finito definido
indefinido rito

Ah, pudera
tanta quimera
pouca gente

Humanidade nada
desumanidade tudo
quanta unanimidade!

Passeiam urubus e soldados
fortementemente armados
entre plantações de papoulas

Ah, se isso tanto me espanta
ainda estaria vivo e acordado
talvez sobrevivendo, se tanto

Há que nadar, sorrir, aplaudir
Há que chorar, morrer, pedir
Há que perceber a mesmice e sair

Vou ali regar os jardins da babel
Vou só, sem cangalha, vou só
Vou de asa delta, salto sem rapel

Um comentário:

Ana Kaya disse...

Que melodia maravilhosa, suave, rascante em seu teor. Belo texto Adroaldo. Qudo eu crescer quero se que nem vc ehehehehehe.