segunda-feira, 5 de julho de 2010

ÉTER


Não sou eu nos traços,
nem meu corpo efêmero

e mesmo que perdesse
(de repente, aos poucos)
todos os meus membros
ainda seria eu

e nada menos.

Não sou eu meu nome
(esse que escolheram),

- som tão inventado e fraco
reverberando o espaço -

E se mesmo perdendo a voz
ainda penso,

sou feita de algo
que afronta o Tempo.

Inútil, pois, interpretar meus olhos:
são apenas sombras, reflexos,
sem nenhum intuito

e podem mudar a qualquer momento.

Um comentário:

Flá Perez (BláBlá) disse...

desculpe pelo atraso.
bjbjbj