Bem vindos ao Cemitério do Vale das Sombras. Uma Necrópole de nossos textos sombrios. Aqui só crônicas, poemas, contos e tudo no bom e velho estilo gótico de viver. Falou de morte? Poste aqui. Tristezas? Raiva? Contos macabros? Fábulas assombrosas? Temas exóticos? Textos fantasmagóricos? Aqui não tem meio sorriso, sorriso inteiro, só choro e sobrenatural. Venha fazer parte das almas atormentadas do Vale das Sombras.
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Tráfico de drogas intrusa o poder de estado num Império Bandido
O assentamento de necropsia não afirmava a causa mortis. Vago, matutava Cheguêva. Asfixia. Pelos relatos recolhidos da ocorrência entre os presos, teria sido lenta e dolorida, tanto tempo gritara desesperado na solitária. Sem marcas externas ou internas, os órgãos saudáveis, intactos, todos. O que mais poderia ser.
E o que dizia o relatório sobre as manchas escuras na cueca do morto? “Exame mais acurado pode apurar com precisão, mas a probabilidade de ser esmalte de unha é maior que 80%. De modo algum é sangue”. Eunício assinara o laudo.
Cheguêva pulou da cadeira como boneco surpresa de caixa de presente. Eunício, o filho do diretor da prisão. Era tudo o que o inspetor jamais sonhara, e nunca quis: voltar a investigar alguém daquela família.
(Trecho de um dos 42 capítulos da minha novela O Império Bandido... Pedidos pra adroaldo@portoweb.com.br - R$ 35,00. Frete incluso)
Nenhum comentário:
Postar um comentário