quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Culpa




Cheguei cansada
Colhi as flores
Murchas, coitadas
Descoloridas, empoeiradas
Pareciam mortas


Reguei as flores
Como sangue em carne viva
Dilaceradas, de pétalas escorridas
No ralo da pia
Não ressucitaram


Agora vão me culpar por todas as queimadas da vida




Me Morte
(Esse poema fará parte da Agenda 2011 pela Litteris Editora-RJ)

Nenhum comentário: