sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Um amor dilacerado, torturadores anistiados

Há, sim esses pedaços de morte ainda insepultos
De lado, acima, abaixo, e agora anistiados
Há, sim, corpos ainda dilacerados, desparecidos
Há, por certo, rindo, todos os bandidos
E eles riem de nós, dee ti e de mim em nome do amor
E dizem que sofreram também muita, muita dor
E, no entanto, estão hígidos, sorrisos estanhados
Há, sim, corpos mutilados, estraçalhados
E deles não temos vagas notícias, não  encontrados
Mas querem nos fazer crer que fomos os bandidos
eEes os queridos amigos da democracia abatida
Há, sim, há, sim, sim, há um nada no lugar mais oco da alma
Há uma mãe, uma irmã, uma namorada, um pai, todos sem nada
Eles, os conexos, agora pra sempre anistiados
São os injustiçados. Faltou-lhes pesar da justiça a espada.

Um comentário:

MPadilha disse...

Por baixo do pano da história de nosso país existe uma podre realidade. O tempo enfeita tudo, mas não apaga, sufoca...