segunda-feira, 14 de março de 2011

ECOS DO PASSADO

Ah, quanto tempo sem ouvir tua voz.
Doce melodia que encantava meu viver.
Agora, sepultada ou perdida está.
No Vale dos Reis, sob o sol do entardecer.

Por que não falas mais comigo, ó doce amor?
Por que não me dás mais a força de teu coração?
Por que o desprezo a quem tanto te estimas?
Beiro o desespero, seria uma traição?

Em vão te vejo sorrateiro aparecer.
Dás o ar de tua graça para outros amores vãos.
Finges que não me vês, que não vês minha emoção.
Finges que não me amas, queres ver-me perecer.

O que foi que te fiz, doce amado meu?
Proferi alguma palavra que porventura te ofendeu?
Apenas os ecos do passado povoam minha escuridão.
E sem nem saber por que, aqui estou entregue a solidão.

By Ana Kaya

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