terça-feira, 24 de maio de 2011

Sou das gentes diferenciadas, ainda vivo


Diferenciado, porque “nordestino” 
que vive em Porto Alegre desde um ano de idade, 
onde não nascem “sulinos”, mas gaúchos; 
brasileiro negro porque não sou branco, nem índio, nem creio que pardo me defina; jornalista e escritor de ficção em prosa, 
versejador que vez por outra encontra a rima e a musa, 
embora saiba que editora publica o que vai vender 
e manchete quem decide é o dono do jornal, 
penso que só há humanidade se vista de fora do planeta. 
Marcianos que existissem, em visita à Terra, 
saberiam perfeitamente que tudo isso aqui é gente da mesma cepa, 
que caixão não tem gaveta, 
que mortalha não tem bolso, 
e tudo vira pó ou cinza. 
Umas almas conterraqueanas, 
recentemente encontradas em Higienópolis (que nominho, hã)entanto, 
se pensam colibris, pombas brancas, gaivotas.
Parodiando Francisco Buarque de Holanda: são bailarinas… 
não tem pereba, jamais tiram meleca do nariz, nem sós, no escuro..

Nenhum comentário: