Saudações
Mortais...
Sinto
muito, mas muito mesmo não ter escrito por 2 meses seguidos.
Acontece que tive alguns imbróglios (sei que ninguém quer saber dos
meus problemas, apenas comunico que foram eles os responsáveis por
minha ausência).
Não
sei se vocês lembram, mas o último texto que escrevi foi uma
homenagem (se é que dá para chamar assim) a um menino de 8 anos que
faleceu dia 10 de julho desse ano. Depois de amanhã ele completa 3
meses de ausência...
Nunca
vi essa criança e nem sabia da existência dela até o dia em que eu
li a reportagem de seu atropelamento. A tristeza e a angústia
amainaram, mas não foram embora. Se eu parar e pensar na situação
começo a chorar como se ele fosse o meu filho.
Para
um tipo de situação como essa, somente recorrendo aos Espíritas,
mas eles pediram que eu tivesse paciência... coisa quase impossível
para uma ariana, que tudo aconteceria no se devido tempo blá, blá,
blá...
Parei
de procurar o motivo dessa situação, mas penso no menino de forma
constante, embora não tanto quanto antes, mas penso. Até um desenho
dele eu fiz. Não sei se está certo ou errada, apenas desenhei o que
veio à minha mente. Quando eu tiver um tempo terei de ir ao
Cemitério da Santa Casa, que é onde ele está, para ver se existe
alguma foto dele e, finalmente ver como o Rian era. Aproveitarei para
deixar uma lembrancinha...
Por
isso não escrevi, pois meus pensamentos estavam voltados para apenas
uma direção. Agora, acredito que as coisas estejam melhores.
Sei
que esse espaço não é para isso, mas se alguém entender do
assunto e puder ajudar de alguma forma, eu ficaria agradecida. Só
queria entender o motivo de eu sentir tanta tristeza e falta de uma
criança que eu nem tinha consciência de que existia, só isso.
Deixo
com vocês o segundo poema que eu fiz para o Rian.
Espero
que gostem,
Hoje
faz quinze dias que nos deixaste
por
que fizeste isso?
A
dor da saudade
é
imensa no peito
A
certeza de que nunca mais
estarás
aqui é horrível
Como
viver dia após dia
Sem
o teu sorriso?
Sem
a tua voz?
Uma
parte de mim
também
foi embora
quando
partiste
E
agora fico assim,
sem
saber o que fazer
ou
para onde ir
Por
que relembro o momento
em
que nos deixaste?
Por
que acompanhei, mesmo de longe e sem entender,
a
tua caminhada para o céu?
Por
que senti e ainda sinto a dor da perda
se
éramos tão distantes?
Porque
essa agonia e angústia
em
meu peito
sobre
algo tão desconexo?
Ajuda-me
a entender
o
que está acontecendo
Se
é a minha mente impressionada
ou
se, de alguma forma,
Por
vibrarmos na mesma energia
tenhamos
nos encontrado
para
juntos trilharmos
um
caminho traçado
e
cumprirmos nossa missão...
24/07/2013
Ósculos
e amplexos,
Um comentário:
Primeiramente, estou feliz em poder te ler, ver teus manuscritos e um pedacinho de ti.
O poema ficou realmente muito bonito, apesar de triste. Mesmo sendo um assunto pungente, vejo certa leveza. Talvez seja o amor que sentes pelo Riam.
Esse amor que tu sentiste por essa criança é um terço do amor que nós deveríamos ter por nosso próximo. A morte é triste, não tem jeito e "o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida." (Apostolo Paulo)
Não fique triste por sentir esse amor que te traz essa saudade inexplicável, amiga. Jesus disse: Deixai vir a mim os pequeninos, e não os impeçais, porque é dos tais o reino de Deus." Ou seja, essa criança está salva e nos braços do Pai. Se Jesus que é o caminho, que morreu na cruz por nós disse isso, por que havemos de ser céticos?
Abraço
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