quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Queria pode dizer adeus...





Como tudo, sempre acontece com o espessar da bruma noturna,
infelizmente sofro, tenho toda alma marcada tão tristemente.
Coexiste vida com lapsos do sono almejado em agonia soturna?
Descanso não sobrevêm, mesmo na tranquila obscuridade latente.

Sôfrego é que lançaria um olhar a guisa da despedida para o lugar,
aqui onde errei tanto tempo, numa existência sempre descuidada.
Quem antes me conheceu, sabe que não estava com medo do luar,
dos argênteos reflexos  da lua, no silêncio chão da noite arrastada.

Turbilhões no coração me arrastaram para uma tosca penedia,
infecunda dos sonhos e devaneios, grisadas costas sem limites,
sobre um rio rugindo, singular na encosta da pedra me quedaria.

Todos disseram que a ventura para sempre estaria lá sepultada;
Ela, lânguida, pálida, raios prateados me traria íntimos alvitres,
queria poder dizer adeus a esta campa onde jaz ossada alvejada.




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