Saímos do Bairro Árvore
Grande no dia 25 de agosto de 2013 para uma caminhada até o Cemitério Jardim do
Céu, na periferia de Pouso Alegre. A princípio era apenas um passeio para matar
o tédio de um domingo chato e também para visitar o túmulo da família, porém
logo no início já se tornou uma aventura inesquecível.
Atravessar o parque do Fórum
e ver as crianças brincando no lago, além de ser uma alternativa para encurtar
o caminho, era gratificante por estarmos num lugar tão bonito e ecológico. Mas,
já na entrada percebemos algo estranho: Em vez do portão principal as pessoas
entravam por uma cerca aberta por moradores. Depois de atravessar todo o
parque, finalmente chegamos ao portão lateral que dava para a rua que
seguiríamos em direção ao nosso destino, porém, qual não foi nossa surpresa
quando percebemos que o portão estava trancado com um cadeado. Tivemos que
voltar todo caminho percorrido e dar a volta pela rua até nosso destino.
Em seguida começamos nossa
caminhada, que por sinal, era composta de vários pontos de subida, o que nos
deixava muito cansadas. Após uma longa avenida avistamos uma curva onde
supostamente estaria a entrada do cemitério. Qual não foi minha surpresa quando
percebi que ali não existia nem sombra do tal “Jardim do Céu”. Tínhamos errado
o caminho. Putz! Estávamos num lugar isolado e perdidos! Era hilário!
Voltamos um trecho até
encontrarmos o ponto onde supostamente teríamos feito a confusão no trajeto. A
partir dali teríamos que acompanhar as árvores, pois, o que eu lembrava desse
lugar é que era numa rua cheia de eucaliptos.
Foi nesse ponto que passou
um carro e percebi, para nossa sorte, se tratar de um amigo que morava num
bairro ali perto. Ele nos deu as orientações necessárias e até se ofereceu para
nos levar até lá, porém recusei, não era o passeio a pé, a graça de nossa
aventura?
Enfim tomamos a direção
correta e após um longo percurso chagamos aos eucaliptos. Era a última rua,
dessa vez de terra e no fim dela estaríamos na porta do nosso destino, o Jardim
do Céu. Assim que entramos na rua já comecei a bater fotos, queria registrar
tudo e já estava com muitas no celular. Meu LG não era lá grande coisa, porém
sempre registrou meus passeios, que posteriormente estariam num álbum no meu
perfil da face book. E foi o que fiz. Visitamos o túmulo, descansamos numa
sombra gostosa e aproveitamos um pouco da paz daquele lugar onde descansam
nossos amigos e familiares que já partiram dessa para melhor. Quando cheguei em
casa meus pés estavam em chamas e só queríamos um canto pra deitar...
Mais tarde postei as fotos e
fui dormir para enfrentar mais uma segunda-feira de trabalho. Foi aí que levei
o maior susto!
Eu estava postando fotos da
Taça EPTV no grupo que administro sobre esporte de nosso município quando
resolvi dar uma espiadela no álbum que havia postado no meu perfil. Quando
parei para admirar uma foto veio a surpresa: O QUE É AQUILO ALI?
Tinha uma imagem que parecia
ser de duas pessoas no acostamento da rua que dava acesso ao cemitério. Eu não me
lembrava de ter visto ninguém, muito pelo contrário, a falta de pessoas no
trajeto até tinha me preocupado. Olhei melhor e comentei: QUEM SÃO ESSAS
PESSOAS?
Tá ali vejam vocês mesmos!
Eu estou estarrecida até hoje! Não sei se fico feliz com o presente que me deram
ou se me preocupo. Um amigo até brincou: “Cuidado! Quando a gente começa a ver
fantasmas é porque estamos indo pro lado de lá...” Se isso for verdade todos
que olham essa foto devem se preocupar, pois todos vêem a mesma coisa: Dois
fantasmas no acostamento. Um de uma mulher de vestido longo e preto e outro de
um homem de terno de gala branco.
A coisa que mais me assusta
e que me fez dormir de luz acesa essa noite foi de lembrar que bati a foto do
meu celular e que estavam me olhando, sem eu perceber...
Se alguém me perguntar o que
foi isso eu respondo igual Chicó: “Eu não sei, só sei que foi assim...”
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