terça-feira, 20 de novembro de 2007

Banheiro Maldito

A menina está dopada por sua própria loucura.O cheiro de pecado ainda está sobre seu corpo.
Ela agora sente o desejo do sanatório e anseia pelo delírio eterno.
A menina já está perdida; não há mais salvação. Não há mais esperança. Restou apenas o doce gosto do ilusão angustiante.
A fuga de si mesma a deixa maluca... O cárcere do hospício sufoca sua mente que paira quase mortadevido ao excesso de cocaína.
Ela anda pelos corredores a procura de alguém que a escute, mas está tudo tão confuso, tudo muito embaçado para ela ver quem está perto...
Seus parceiros de delírio nem a notam passar cambaleando, quase caindo. Talvez isso se deva ao gardenal tomado em excesso.
Por que ela ainda faz isso? Se tranca no quarto e brinca de fazer orgias; de início tudo maravilhoso, tudo tão prazeroso...
Mas quando o efeito do ecstasy acaba ela cai na realidade e se dá conta que ainda está num sanatório rodiado por loucos e que de lá não sairá nunca mais. Até que a morte a leve...
Todas essas lembranças vem à tona quando ela se tranca no banheiro maldito. Onde habita o mal e fede a desejo vencido...

† Jully Morgan †

2 comentários:

Jully Morgan disse...

Espero que vocês gostem do meu texto :)

Kisses

MPadilha disse...

Boa estreia Julli. O tema das drogas, além de atual, é bem sombrio. Uma praga nos dias de hoje. Gostei.