quinta-feira, 27 de março de 2008

Sobre as luzes borradas


Tudo correu ótimo. Sitcom, tacinha e tiradinhas sarcásticas no time. Inclusive foi a primeira vez na vida que ouvi: "Na minha casa ou na sua", sem ter sido na Tv.
Não sei que merda eu tenho, mas algo em mim faz as pessoas se confessarem como se eu fosse um maldito padre. Talvez sejam os drinques coloridos. Talvez saibam que em dois minutos eu nem vou mais lembrar da história simplesmente por que percebem que eu não estou nem aí pra relativamente nada. Mas após todo aquele papo de James Bond de calça larga, não havia como esquecer daquela celebre frase (ou o que veio depois dela).
Saca a cena:

[Interior. Noite casa dela. Sala. "Brincadeiras" orais, vez dela].

Confisssões vem à tona.
Eu mereço. Eu mereço...
- Eu mereço...
- Hum?
- Nada, tá muito bom, muito foda, não pára.
Aquela mulher me dava umas mamadas em um ponto onde a sensação é como se estivesse disparando um rojão contra meu próprio rosto, de emoção.
- É aqui que você disse que gosta, né?
- É, hmmmmmmmm, Santa califórnia... - eu mereço!.
Ela parou. Ficou ali com aquela cara de "Sou uma vadia satisfeita, independente e toda essa produção não é insegurança, juro", batendo uma pra mim e disse:
- Sabe, eu adoro ser submissa!
- E eu tô adorando essa submetida.
- Minha maior vontade é ser escrava...
Um sorriso demoníaco rutilou em meu rosto como um holofote ganha o céu de uma noite nublada.
- Escrava, escrava???
- É! B.D.S.M. mesmo - ela disse com aquele jeito de "Dondoca achando ser inteligente" que acho style, quando elas fazem isso nuas.
- Então você quer ser escrava, é isso?
- Muito!
Ah, meu depravado leitor. Tive de perder a sutileza e forçar meu caralho goela adentro da danada, empurrando a cabeça dela para baixo e segurando impiedosamente, só para denotar, subliminarmente, que a história havia mudado.
- Levanta.
- O quê?
- LEVANTA. - estendi a mão e recebi aquela mãozinha linda e bem cuidada de presente. E, porra, que estouro ela só de calcinha!.
- Onde fica o banheiro?
- Por aqui... - me indicou e foi me seguindo, de mãos dadas, com a cumplicidade que só tem aqueles que vão se foder pelados de madrugada na garagem.
Abri a porta. Puxei-a pela mão indicando que entrasse e:
- Ajoelha... escrava.
Ela arregalou os aqueles olhões dignos da minha mais tenra porra matinal e disse:
- Sim, meu senhor - e minha cadelinha ajoelhou bonitinho (né, cadelinha?).
No campo de visão só havia uma toalha, mas não era o que queria. Abri o gabinete da pia e achei um secador de cabelo.
- Perfecto!... Minha cadela, escrava, coloque as mão para trás e segure os tornozelos - amarrei pés e mãos - O plano é o seguinte escrava. Eu vou até a sala relaxar, aquecer o cerebelo e já volto pra abusar de você. Qualquer eventualidade você grita "joga a chave", pois se gritar socorro, com essa cara que eu tenho, eu tô fudido.
- Sim, meu senhor.
Apaguei a luz. Fechei a porta. E abri a porta.
- Tem algum álcool bebível nessa casa?
- Na geladeira, na parte do freezer, meu senhor.
- Valeu - tranquei.
É style ser chamado de senhor por uma dessas madames donas de franchise que são chamadas de senhora por seus vassalos mentalmente proletariados.
Rumei à geladeira peguei duas latas com a mão esquerda. Voltei à sala. coloquei as brejas sobre a mesinha de centro e me acomodei. Abri uma das latas e deixei lá em cima. Peguei a paranga no bolso da camisa (tirei um belo camarão) e joguei em cima da mesinha. Dei uma golada na breja e a devolvi à mesa. Peguei o controle, liguei a Tv.
-Legal: natgeo.
"...na terceira cerveja eu volto". Sem querer cochilei.


MaicknucleaR
(foto de www.noprumo.blogger.com.br)

5 comentários:

MPadilha disse...

Caralho! Eu matava vc de pancada se fizesse isso comigo! rssssssss
Muito bom! Hilário! Coitada!

Anônimo disse...

Muito bom. Morri de rir. Sexo, sarcasmo e diversão.

Adroaldo Bauer disse...

Tá sonhando no outro mundo que é vivo aqui no meio dos quase mortos, tchê!
se começa a morrer quando se nasce, não é o que diz a biologia dos tecidos?)

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A escrava desamarrou-se dos fios uma hora depois e foi à sala dar uma espiada do senhor dela que ela aguardara paciente aquele tempo.
Era tanta a ânsia de submissão que ficara lá sem seus botões, peladíssima da silva só a pensar se era necessário mesmo tanto tempo assim para aquele magrelo tesar de novo depois da primeira gozada, uma rapidinha sem muito gozo.
Pé ante pé, que ainda estavam dormentes e gordinhos os dedos de tanta amarração da circulação, percdebeu que arranhara o esmalte bem caprichado que a Lucinha tinha feito vermelho nos dois pés dela...
- com sandália preta aberta, de uma tirinha só, salto fino de 15, tu vai brilhar, minha nega.
Lucinha era asim, toda próxima, toda dada às confianças com as freguesas do salão, mas era boa de trato, e ela dava tudo por um pé bem feito e não se atritava com a moça, afinal, eram só duas horas de pedicure uma vez por semana, mesmo sendo "loira natural" como costuma repetir a quem se interesse, mas alto que ao intelocutor, para que quem estivesse por perto também se informasse, não se incomodava muito com o tratamento, então.
Pois é, pé ante pé a loira chegou perto do magrela e estancou súbito, um vermelhão subindo do ventre aos seios, vindo de um não sei onde lugar mais abaixo, quando viu o tarado de tevê ligada, mão numa lata de cerveja, a outra mão no controle, a calça arriada até os joelhos e a boca aberta, roncando mais que a ninja mil em que viera na carona dela.
Baixou a cabocla do arco nela. Ligou na tomada o secador de cabelos, um modelo mini, de carregar em viagem, regulou para superquente e...
Enfiou na boca do descarado...
Não esperou reação.
Foi até a geladeira, pegou uma cerveja latão no ponto e foi pra cama tentar dormir que tinha de abrir a loja daqui a três horas somente e os joelhos e tornozelos e pulsos ainda lhe doíam muito do tempo de escravidão que acabou sevindo a nenhum senhor, que merda, que raiva, que estupidez.
Soveu o restante da cerveja em dois goles longos, emborcou e...

Ana Kaya disse...

ai que texto estranho, meio sem pé nem cabeça. realmente uma loucura.
não gostei do final. coitada da mulher e que cara mais bunda mole.

olha que seus textos são ótimos, mas este está meio estranho, ou eu é que não consegui atingir o que ele quis dizer.

de toda forma. é isso.

Ana Kaya disse...

Ah Maik, manda um camarãozinho pra mim eheheheheheheeh adoro frutos do mar uahauhauhahauhauhauha.
Bjs