sexta-feira, 27 de junho de 2008

"AMÔNIA ZERO" DE MAICKNUCLEAR

"Velha e boa. Viva e saudosa: Maldita!!! Uma ninfa que põem a agulha de uma quarenta e cinco, num disco do Marvin Gaye, apaga a luz da sala e come seu coração, à partir da memória. Uma vadia que rói a base dos portões levadiços, dos castelos mais troncudos, gélidos e imponentes. Criando assim, buracos que atravessam toda a extensão das montanhas de nossos prostituídos sentimentos e nos deixam imóveis, sobre os tapetes da nossa falta de fé. Aquela mãe da rua que escava nossas tripas, chupa nossos órgãos e vomita-nos numa privada sem água sanitária e piercing de pinho. A mais linda puta da zona, atirou em seu peito, de dentro para fora, com uma calibre doze, carregada com giletes e sal. Depois, largou-te à esmo, entre lápides, bares e falsos sorrisos que lhe pedem autógrafos higiênicos. Mas... se é isso que Deus me reservou e mandou que você, sua vaca, me trouxesse; diga ao carteiro que este endereço já não existe mais... ...e por favor, pare de apagar minha luz, pois já não há mais pulsos à serem cortados! E as cordas que antes me esganavam, hoje, tornaram-se frágeis linhas de costura e eu juro! juro que cansei de precipitar-me do vigésimo primeiro andar, por culpa de um deserto de solidão."

MaicknucleaR

2 comentários:

Adroaldo Bauer disse...

Inda morres dessa irrefreada paixão, rapá!

Ana Kaya disse...

Que coisa linda Maick, me senti como se fosse eu que houvesse escrito o texto, como somos iguais, os seres humanos, em seus sentimentos e tristezas.
parabéns, texto curto, mas repleto de sentimentos e da grande verdade que dói.
Pobres de nós, poetas..........
Bjs