terça-feira, 16 de setembro de 2008

Instante da Poesia



Ah! Áridos tempos, no âmago da poética vida.

Lembro-me de Goethe, alias, de Fausto... ou seria o jovem Werter!?

Foste tu, Ó Esperança, sobre a tênue mágoa que míngua a nódoa cadavérica?

O indébito Amor não pode ser poesia, pois assim, hastear a ânsia e com ela fervilhar o ódio, seu Cornífero Ser faz-se presente e rege o tremor: - Pântano Erótico!

Deveras, tudo é poesia!

Deixe cair sobre a mobília à pétala efêmera, ascenda à vela, alumie o crânio... mesmo o texto mais lúgubre, tétrico nos eleva a instantes de poesia!

E o hálito de cânhamo e álcool faz-se presente, o óbolo artificial. Baudelaire diria, em palavras simbolistas, que o mais importante seria tecer versos e morrer de amor, e seus séqüitos fariam tímidos, o êxodo cultural e a pictórica cena, seria vista, e a poesia bem quista!

2 comentários:

MPadilha disse...

Teu estilo é apaixonante! Cada vez que entro aqui me surpreendo com algo melhor!

Ivy Gomide disse...

Deveras, tudo é poesia!

Deixe cair sobre a mobília à pétala efêmera, ascenda à vela, alumie o crânio... mesmo o texto mais lúgubre, tétrico nos eleva a instantes de poesia!
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Que coisa mais linda! E dps vc ainda cita Baudelaire... Flávio eu gosto muito do teu trabalho e sei da recírpoca, mas estou aqui pra dizer que vc conseguiu contruir um poema denso em pequena e intensa dose.
Fantástico meu amigo.