segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Turmalinas Decadentes




No vento um perfume parco
E um toc, toc, de salto alto.
Nos postes a pouca sorte,
Nas bocas o batom forte...

Em cada esquina calado gesto,
Em cada sina reflexo inerente,
Inconsciente neblina...

Moças crianças, trazem suas lembranças,
Seus ideais, desesperança fugaz.
Velhas meninas, Carolinas, Catarinas...

Abençoadas loucas, turmalinas decadentes,
Apaixonadas bocas, roucas de sina
E fé descrente...

No vento um perfume parco
E um toc, toc, de salto alto.
No rosto o olhar sombrio,
No gesto um convite frio...

4 comentários:

Adroaldo Bauer disse...

E chovia e a luz da rua, por estranho, apagou justo naquela hora, sem toque.

Unknown disse...

Uma singela poesia das verdades desencontradas das meninas perdidas das turmalinas, ansiando pelo encontro com algo que as retire do atual sono... Será possível acordá-las? Será impossível não acordá-las? Apenas elas poderão dizer, aquelas para os quais os vossos versos são dirigidos, Me Morte.

Ana Kaya disse...

Sabe que eu me vi um pouco aqui no seu texto Me, teu estilo é só seu.
Mas é como se lesse os sonhos meus.
Linda dama de negro véu.
Te adoro hoje e até no céu.

Lindo Me, adorei muito mesmo. E não é pq te amo não é pq é lindo mesmo, talento tem que ser reconhecido.
Bjs

Giselle Sato disse...

Querida, uma grata surpresa, sempre, como mentora deste local ímpar, é um exemplo.
Sempre renovando e trazendo novos ares, e digamos, O vale está repleto de talentos.
Altíssimo nível que só vem coroar um ano de trabalho e esforço.
E é claro, vitórias!!!!