O corpo queimado
e as cabeças de fósforo,
são fósfor mesmo
nos passos da escada.
Em vigas de ferro
_esqueleto de aço! _
se ergue o gigante,
mirante do além.
_Ah, praça cinzenta!
_Ah, fungo projeto!
Te espalhas, deserto,
ao vácuo horionte!
_planície sem sonhos.
Teu céu é de chumbo.
Teu sol é mormaço!
Teu fel é o compasso
com gosto de nada!
_Nada!
Nem vale ou montanha.
Nem rio ou ribeira.
Nem árvore, ou bicho.
Nem guincho, nem esguicho.
Só ciso concreto!
Reto!
Reto!
Reto!...
Marcelo Farias - Para Entender a Mágica. Ilustração: La Chateau des Pyrenees - Magritte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário