segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

13 Andares






Tudo que começa tem um fim


O homem estirado na calçada se virou e apenas uma vez olhou ao redor, suas sobrancelhas se retesaram. Em sua frente erguia-se aquele edifício, ele não lembrava de como viera parar ali, mas não era nada incomum a despeito do seu constante estado de embriaguez. Ele compreendia que aquele nunca foi um bom lugar pra se estar.
O sol já nascia os primeiros raios avermelhados surgiram entre os prédios antigos, a rua ainda estava vazia, nem mesmo os funcionários fabris haviam chegado para a luta diária.
O mendigo olhou mais uma vez para frente e de súbito fechou os olhou com força. Tentou se levantar sem sucesso caindo contra o asfalto ainda úmido do orvalho da manhã, fazendo os rasgos dos jeans surrados aumentarem ainda mais.
O homem pouco se importou com o sangue que corria de um de seus joelhos colocou a mão no peito como se estivesse tendo um ataque cardíaco e desceu a rua correndo e falando coisas que alguém que passasse por ali poderia entender como uma oração ou ainda alguma cantiga.


Jardim Florido


É de certa forma uma ironia...
O prédio pulsa como um tumor maligno em uma pessoa com metástase.
Acredite, você nunca viu um lugar assim.
Pessoas passam por ali todo o tempo, o lugar é comum a olhos pouco atentos.
Para olhos desiguais, aqueles olhos atentos que conseguem ver além, o ambiente pulsa.



NOTA:

Olá, queridos amigos e colaboradores do Vale inicio este ano de 2009 (um pouco atrasada), com uma proposta diferente. Serão, contando com essa, cerca de 14 publicações com o título principal de “13 Andares”.
Espero que gostem e comentem.
Abraços.

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