terça-feira, 13 de janeiro de 2009


Deformidades



Hoje por tanto tempo olhei as mais belas paisagens,Mas meus olhos só enxergavam crueldades,
É assim em todas as imagens, por mais belo que sejam,
Atraem aos meus olhos, apenas as deformidades.

Procuro em meio à multidão, fugir da solidão,
E nas coisas mais belas da vida,
Enxergo apenas o vazio,
Será que sou atraída sempre pelo mofino?

As formas estão ali, mas as vejo deformadas,
O Verde esta ali, mas enxergo o negro que não existe,
Minha alma gelada não aquece com o verão, é um vácuo,
E tudo se transforma em solidão.

A visão objetiva da realidade perdeu-se no vazio,
Não reconheço o que é mais interessante,
Se é só para mim, ou para o resto da humanidade,
As lágrimas atrapalham minha visão eminente.

São deformidades, que vieram com o tempo,
Com a angústia, descrença, o soturno.
Não sei se verei as coisas como são ou aparentam ser,
A partir de hoje, mais um pedaço foi tirado de meu regozijo, do meu crer.


Por: Rafaela Malon


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