quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

DESCONSTRUÇÃO.

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O rio, de “quem” tanto falo
Não se parece com aquilo
Que reapareceu outrora, na mesma hora
Que eu me perdi nos mares do sem ver-me.

O rio, que eu aponto como
Uma transfusão de seqüelas
é a mesma coisa que me prendeu
Ainda à mesma vida, dividida
Nos meus aspectos de nenhuma
Coerência.

Pois aquelas frases que apontei
Como referências, essências, estão
Dormentes na cama de um vício
Onipotente, que observo no mesmo
Despertar de uma parede viva.

Há um precioso véu que cobre
O dissabor dos próprios medos.
Ou precipita-se pela mesma erosão
Da alma bipolar e ensandecida no
Abrolho de uma ignorância ribeirinha.

E esses mecanismos de insetos de
Uma modernidade amanhecida
Foram feitos para aniquilar-me
No instante que eu acordasse
Preso, sem acordar de mim mesmo.


Versos não são versos, são alimárias
Ensangüentas, que repousam na esperança
De ser gente.
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dos Anjos

Um comentário:

Unknown disse...

Desconstruindo a razão inexata da exatidão das coisas e construindo a Outra Desconstrução imediata, a da vacuidade e da impropriedade...

Qual vaga?

Qual mortalha?