quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Epílogo



Silêncio
que interrompe a sua vida sem entender
aquele momento furtivo, que não deixa
o que está diante dos olhos fazer parte de você.

Covarde
em si para si mesmo, e outra vez mais,
esquece das alegrias que assombram
os retratos que escondem a sua tenra paz.

Viver
como se fosse uma obrigação, o medo de morrer
aprimorando seus obscuros jardins de sombras,
germinando ao redor de tudo que jurou esquecer.

Final
reescrito por várias mãos tornadas suas
em algum momento reinventado por um acaso
que acabou deixando suas linhas nuas.

E as visões chegaram ao fim.

(Moisés Bentes de Siqueira Cavalcanti)
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Um comentário:

MPadilha disse...

qualquer tema que signifique solidão dá um frio na barriga, vc foi perfeito, sombriamente perfeito...