Bem vindos ao Cemitério do Vale das Sombras. Uma Necrópole de nossos textos sombrios. Aqui só crônicas, poemas, contos e tudo no bom e velho estilo gótico de viver. Falou de morte? Poste aqui. Tristezas? Raiva? Contos macabros? Fábulas assombrosas? Temas exóticos? Textos fantasmagóricos? Aqui não tem meio sorriso, sorriso inteiro, só choro e sobrenatural. Venha fazer parte das almas atormentadas do Vale das Sombras.
domingo, 15 de fevereiro de 2009
... RESTO
RESTO
Thiers R >
No desencontro de nosso olhar
sobraram as vísceras da paixão
sou resto
inclemente queima o sol
arrasta e dilui
sou resto na folha que treme
sob lágrimas de chuva remelenta
nos dias que se perderam
dentro das maçãs coradas
rodando num carrossel
fui amante, brinquedo e suor
exalado de teu corpo
hoje no mármore
sou fuligem de ventania
eximida dos rastros
‘ceci est l'amour’
>>>
2 comentários:
Grandioso poema e excelente a forma com que nos passa essa sensação de abandono de perda, posso dizer que estou me sentindo sozinha, desolada, você nos faz de alguma forma incrível viver esse acontecimento como se hoje após esse inesquecível momento, fôssemos apenas o resto do que ficou para trás...
Parabéns!
Sou louca por tudo que escreves e sou uma nulidade para comentários.
Então, parabéns e continue assim, escrevendo gostoso!
Beijo.
Postar um comentário