sexta-feira, 22 de maio de 2009

ANJO MORTO




Só e perdido na mais negra necrópole,
Encostado na cruz de um vil sepulcro,
Revelando um sorriso puro e pulcro
No mais distante ponto da metrópole.


Anjo defunto, corpo cadavérico...
Carnes magras, sublime e santo rosto
Em que o célere tempo deixou posto
Um grito morto, um canto forte e histérico.


Apetecido, surge ele tão vivo
Pra eu cometer meu próximo delito.
Dragão que se aproxima tão lascivo,


E me deixa perdido em mais conflito,
E crava em mim seus dentes diabólicos,
E vê graça em meus olhos melancólicos

Rommel Werneck
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Um comentário:

Átila Siqueira. disse...

Oi, conheci esse blog hoje, e gostei muito. Depois me visite também.

Um grande abraço,
Átila Siqueira.