terça-feira, 12 de maio de 2009

Natureza Morta




Arrombo a porta
Da natureza morta
Do instável parecer
Quem iria querer?

Tanta energia às favas
O que em poucas letras
Me falavas
O que em poucos meneios
Me e te saciavas.

Mantenho o sonho
A onírica imagem
Que, desconfias,
Mas requer coragem
Nela não te afronto
Nem te apronto
A armadilha.

Não és filha
És ilha
Cercada de medo
E dualidades
Nestas nossas idades
A de agora e a de então.

Não posso afirmar
Que te tive na mão
Não me são de direito
Conjecturas.

Mas sei que das mais rasas alturas
Há uma situação de posse
Que não aceitas
Portanto te deitas
Com querubins

Somos afins
Somos o mesmo engano
A parte mais equivocada do plano
Do qual escapamos
Mas não era para ser assim.

3 comentários:

Lucia Czer disse...

...Somos o mesmo engano...
Está lindo isso, aliás todo o poema é muito bom. Parabéns. Abraços

MPadilha disse...

o tempo, esse velho inimigo das relações, mas tbém o amigo inseparável dos sonhos...
parabéns ruy! muito bom!

Flá Perez (BláBlá) disse...

lida! quando vi só um pedacinho,sabia que erra sua!então li toda.