sábado, 13 de junho de 2009

Diálogo com a morte

Então a morte me viu e perguntou:

"_Tens medo de mim mortal?"

E respondi, com um gesto indiferente:

"_Não, pois tu não me faz mal".


A morte pergunta por que esta impressão,

Digo que não tenho medo da escuridão,

Que tampa meus olhos da humanidade que me escolta,

Que faz jus ao meu medo, onde me cala, me esnoba.


Meu pulso esta cortado e a morte me encarando,

Seu desejo era certo, levar-me desta prisão,

Para um lugar incerto, oculto,

Disse que não tinha escolha, ia me levar querendo ou não.


A cada gota de sangue que escorria,

Passava por minha cabeça uma visão,

A do mundo que deixaria,

E de todas as pessoas que fizeram minha vida em vão.


Digo a ela, que és a única a estar presente,

"_Obrigado por passar os últimos momentos comigo",

Fiquei ciente de que toda minha vida,

Minha maior companhia foi a que vi por ultimo.

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