Bem vindos ao Cemitério do Vale das Sombras. Uma Necrópole de nossos textos sombrios. Aqui só crônicas, poemas, contos e tudo no bom e velho estilo gótico de viver. Falou de morte? Poste aqui. Tristezas? Raiva? Contos macabros? Fábulas assombrosas? Temas exóticos? Textos fantasmagóricos? Aqui não tem meio sorriso, sorriso inteiro, só choro e sobrenatural. Venha fazer parte das almas atormentadas do Vale das Sombras.
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Lápide
autor: Caio Pântano
Eu, asceta das montanhas,
Molambo roto da terra fria,
Dissolvo meu éter nas manhãs,
Desalinhando em versos, Lúgubre poesia!
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Eu, adubo da clorofila,
Incalculo o dia do tremor
Do tombar da terra fria
Sobre as cabeças pensas de Pedros, Joãos e Marias.
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Eu de pedra e sal, doido, durmo
E sonho em casas de João de barro,
Firmando nos olhos do passarinho
Uma aprazível grandeza, bizarro!
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Eu, displicente, abrupto, ao léu,
Carrego os instantes do meu medo
Desatando nós dos mausoléus
A revelia de mim, não há segredo!
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Das letras talhadas com meu nome
Eu garimpando uma placa de bronze
Pra depois me ver sem alcunha ou nome
As sombras duma árvore querida
Endosso assim, minha póstuma partida.
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Na lápide, cravada em meu sepulcro
Onde a grama feliz esconde meu vítreo olhar
Só o silêncio e um supremo beijo ao infinito!
2 comentários:
Esse poema foi postado originalmente no bar do escritor e eu convidei seu autor a postar aqui.
vejam
http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=3891757&tid=5344239720858945908
Obrigado ME, só gostaria de afirmar aqui, que Caio Pantâno é heterônimo de Marcos Moura, participante do Bar do Escritor também, posto que esse poema foi contemplado na categoria verso livre do projeto Pão e Poesia 2009.
pra que não fique dúvidas quanto a autoria. Sempre um prazer participar do seu Blog.
Abraços!
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