Bem vindos ao Cemitério do Vale das Sombras. Uma Necrópole de nossos textos sombrios. Aqui só crônicas, poemas, contos e tudo no bom e velho estilo gótico de viver. Falou de morte? Poste aqui. Tristezas? Raiva? Contos macabros? Fábulas assombrosas? Temas exóticos? Textos fantasmagóricos? Aqui não tem meio sorriso, sorriso inteiro, só choro e sobrenatural. Venha fazer parte das almas atormentadas do Vale das Sombras.
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
FARINHA ESCASSA
FARINHA ESCASSA
Thiers R >
Com’um dia
que vai deixando sua cor
assim me sinto
farinha escassa
saco furado do crepúsculo
dormido d’ tristezas
amontoado d’ luzes
apagam tempos
diluem presentes tardios
sem força
sem garra
sem doce
azedume da cachaça
sola gasta de sapato velho
bolor
enquanto sumias na esquina
travei o’lhos
soluço engasgado derramei
partiste diminuta
parecendo paisagem de nevoeiro
partiste na plataforma longínqua
d’fresta da janela
eu dizia adeus
não sei bem a quê
não sei bem porquê
apenas sei das grades negras que fechavam tempo
>
3 comentários:
Belíssimo! Perfeito! Gostei muito, meus parabéns!
Muito bom! Ritmo excelente, flui gostoso, bem conduzido! Gostei bastante!
Quando assim nos deixam, quando assim nos vamos... esvaimo-nos. Li assim também o que sentiste e no escrito disseste.
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