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Soneto
Quero versar-te em quatorze versos
em dois quartetos e dois tercetos
esculpi - los em mármore paroniana - ao certo
declamarei as estrofes mais belas em soneto.
Porque tens os olhos negros e miúdos
a pele rosada,recém-chegada,como uma pétala de flor;
e esses lábios de criança,trazendo-me versos maduros
dos cabelos obscuros esvoaçados cheirando a licor.
Quanta brandura vasta de uma manhã virgem
que acaba de nascer numa aurora de vertigem;
raiando em constante brancura no plasma mútuo da vida.
E ao te metrificar poesia orvalhada da manhã
sinto a fragrância escorrer em lágrima comovida
porque de toda primavera,foste a rosa colhida.
Por Emerson Sarmento.
Um comentário:
muito bom émerson, como todos que postou por aqui esse ano, parabéns...
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