domingo, 16 de maio de 2010

FALIDO



FALIDO
Thiers R >



Ombro desnudo

veste pavor

esta noite

cai em prantos

cavidade semi extinta

abre-se como argola

da boca

escorre sangue

palma desfeita

coxa macia

luz difusa

boca falida

vadia

rompe o dique da paixão

perco-me

sombra que me faz farsante

lua que me retalha

fogo que me consome

noite q’escapa

dobra esquinas

atrás do sono

fecha portas

o amor se queima

na ponta dum cigarro

ainda aceso





> > >

Nenhum comentário: