
MEDO DEVORADOR
Ía pela rua, sentava na calçada,
do outro lado olhava-me.
Descalço, fingindo-se de mendigo,
estava ali
procurando-me.
O que queres medo?
Por que penetras meu espaço?
Invades minhas noites?
Torturas minha paz?
Responde o desgraçado.
Por que sou teu outro lado!
Pego minha lança,
com lágrimas escorrendo,
cravo um punhal, e mato.
Mato um pedaço meu,
mato o que não quero.
Mato meu terror!
Olho pro chão e no sangue escorrido,
toco o diamante azul.
Pego
implanto-o no peito!
**Gaivota**
* * * * *
Um comentário:
Sentimento assustador! Belo poema!
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