segunda-feira, 28 de junho de 2010

Tateando a noite


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Tateando a noite


A noite:fria,áspera,quente
indecente,no escuro, no desejo
no beijo,na carne,derrama solene
o amor ardente no tremor do despejo.

No silêncio a textura sem compostura
anula o tempo em instantes de gemidos
perdendo o sentindo na pele que censura
a loucura crua,suada,sussurrada nos ouvidos.

Tateando,dançando,a procura das pernas
tão belas,tão inocentes sem pudor
no calor,da candura endiabrada,severas
dançarinas paralelas perdidas de amor.

costurando,entrelaçando-se pêlos infindos
ungindo os corpos iluminados pela aurora
deu-se a glória por tantos sonhos fingidos
verdadeiramente lindos,vividos naquela hora.

Após a noite,o dia desperta o infinito
os seios ainda túmidos,os olhos úmidos
completando o azul do céu descolorido
desenhando os suspiros sem delírios lúdicos.

Por Emerson Sarmento.

Um comentário:

Ana Kaya disse...

Meu Deussssssssssssssss que coisa mais linda xeiroso.
Chega fiquei toda arrepiada.
Lindo demais, eita orgulho de ti.
Parabéns.
Xerossss