sábado, 8 de outubro de 2011

A Valsa

      Olá Mortais...

     Hoje vou postar um dos meus poemas que acho muito lindo. Escrevi a Valsa há muitos anos, em 1997. Apesar de fazer bastante tempo e de ter escrito outros poemas mais elaborados, ainda continuo achando A Valsa um poema muito elegante.
   Espero que gostem. Fico por aqui. Até o próximo mês!


            A Valsa

Um, dois, três... um, dois, três...
Marca o compasso da valsa
Como se chamassem por alguém
E meu coração solitário clama por alguma coisa
que não se pode explicar...

Algo bem mais amplo, que dure
muito além do que estamos acostumados a viver
Que quebre a barreira do som
A lei da gravidade
Que rompa com tudo aquilo que é conhecido
Quero, anseio por alguma coisa
Que chame a atenção
Que prenda o fôlego
Que faça o coração parar
algo tão sublime, que nem a eternidade possa separar

Um, dois, três... um, dois, três...
E a valsa continua fazendo meu coração sangrar
Por que aquilo que desejo é tão difícil de alcançar?

Um, dois, três... um, dois, três...
O violino geme na solidão
Um, dois, três... um, dois, três...

Doce ilusão de alguém que
vaga sempre a sonhar...

Um, dois, três... um, dois, três...
Já não é mais uma valsa...
E sim, a dor de uma alma inquieta
Sempre em busca do passado

Como se quisesse voltar e descobrir
onde ficou a ilusão

Um, dois, três... um, dois, três...
O violino retoma seu ritmo nostálgico
Ao longe, ouve-se uma canção

Um, dois, três... um, dois, três...

Enquanto sangra um coração...


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