Vão abrir de vez,
revelando toda sordidez,
e
eternos ficarão abertos,
os pesados portões de Lúcifer,
Perante tantos olhares incertos,
vão fazer burburinho no alcácer,
diante dos ares amedrontados,
olhos vidrados, absortos,
vão ressuscitar os mortos,
revolver os sepulcros habitados,
avivar os cadáveres putrefeitos,
que se levantarão das tumbas,
rompendo todos preceitos,
exaurindo as catacumbas.
De trajos retalhados, eivados andrajos,
podres molambos infectos cobertos,
agitando ao vento pendões de farrapos,
brandindo como lábaros triunfantes
os trapos,
lentamente,
maravilhados, começarão a andar,
das pesadas
sombras da morte então libertos,
do infindável
sono eterno já foram despertos,
com o
demônio em glória exultante a liderar,
essa arrepiante e famélica turba
funesta,
iniciando macabro ágape de
carcaças em festa.
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