quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

A Eterna Arte de ser um Artista


Meu Nome é Conde Vortak. Sou um vampiro. Uma criatura noturna que vive de sangue. Tenho muitos amigos e alguns são humanos mas eles nunca aparecem quando estou com fome. Eu não os culpo. Afinal, eles poderiam ser meu prato principal.
As histórias que vou contar trarão muita diversão como poderão ver nas linhas que se seguem.
Você é meu convidado.


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Em minhas andanças encontrei uma garota chamada Lucilia. Ela tinha apenas 10 anos mas, Desde que a vi, sabia que ela era uma garota especial.


A Eterna Arte de ser um Artista

por adriano siqueira




Lucilia era uma menina órfã e gostava muito de ficar na casa de um pintor chamado Lantis!
Ele era um pintor de quadros magníficos e só pintava animais. Suas pinturas eram tão perfeitas que pareciam vivas.
Esta menina gostava de vê-lo pintar e ficava sentada em uma cadeira olhando, curiosa... Até dizer, com certeza, que bicho ele estava fazendo.
Ele olhou para a menina e disse, bem baixinho:
— Esse vai ser meu último quadro... vai ser o melhor de todos!
Os olhos da menina ficaram arregalados:
— Como? — disse ela — O Senhor não pode me abandonar... Seus desenhos são os melhores do mundo!
— Não há outro jeito... Preciso partir.
E, pela primeira vez, ele não a deixou ver qual o desenho que estava fazendo. Cobriu o quadro, chegou perto dela e disse:
— Amanhã você virá aqui e pegará o quadro, porque vou fazê-lo para você! Mas você não me encontrara mais por aqui...
Deu-lhe um grande abraço e ela foi embora chorando.
Naquela mesma noite, alguns homens entraram na casa daquele senhor...
Revistaram tudo mas não acharam sinal dele. Apenas o quadro, coberto por um pano, endereçado àquela menina.
— Aquele bruxo de nome Lantis sumiu, e ainda caçoou da gente fazendo sua última obra de arte! Vamos queimar tudo!
Eles começaram a colocar fogo na casa. Fiquei impressionado com tanta arrogância, com tanto descaso com a arte daquele homem. Eu tinha que interferir.
Chamei alguns morcegos e lobos para entrarem na casa. Era muito engraçado ver os homens saindo correndo desesperados.
Por mais que eu tentei não consegui apagar o incêndio. Mas consegui salvar o quadro que estava endereçado a menina. Eu me escondi do povo daquela aldeia. Todos foram ver a casa se incendiar. Finalmente encontrei a menina na multidão. Eu consegui ter contato com ela.
—Não se preocupe minha jovem. Os homens que fizeram isso. Jamais voltarão. Posso garantir também que o pintor não estava em casa. Mas ele deixou este presente para você.
Ela pegou o quadro e saiu correndo. Eu fui atrás dela. Ela entrou na floresta e parou perto de uma arvore. Começou a rasgar o papel que embrulhava o quadro... Era uma águia!
Os olhos do pássaro brilhavam de tal maneira que assustou a menina, deixando o quadro cair no chão. Aos poucos, a águia ia saindo do quadro como se fosse de um ovo para o nascimento.
— Lantis, é você? — perguntava, em prantos, a garota...
— Sim! — respondeu-lhe a águia — Estas serão minhas últimas palavras. Obrigado por salvar a minha arte. Nunca me esquecerei de você.
Então, olhando para o alto, a águia partiu.

Devemos respeitar a arte. E devemos fazer de tudo para preservá-la . A arte é a única obra do homem que dura eternamente!

2 comentários:

MPadilha disse...

Caramba! Muito legal!
Passa uma mensagem bem profunda. Acho que preservar a arte é preservar a história. Todos contamos nossa história através de nossa arte.
Beijos Adriano

Glauber Vieira disse...

Tá interessante, mas acho q há um trecho merecedor de reparo.
É esse: "Os homens que fizeram isso. Jamais voltarão." Acho que pode ser uma frase só, ficou estranho assim.