Bem vindos ao Cemitério do Vale das Sombras. Uma Necrópole de nossos textos sombrios. Aqui só crônicas, poemas, contos e tudo no bom e velho estilo gótico de viver. Falou de morte? Poste aqui. Tristezas? Raiva? Contos macabros? Fábulas assombrosas? Temas exóticos? Textos fantasmagóricos? Aqui não tem meio sorriso, sorriso inteiro, só choro e sobrenatural. Venha fazer parte das almas atormentadas do Vale das Sombras.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
ALMA ERRANTE
Tu, que sob o sepulcro grandiloquente,
Repousas entre os vermes, numa catalepsia.
Hoje tens visita.
Teus caros vêm à campa.
Choram por ti, em prantos autênticos.
Acorda! Senta sobre a lápide,
Alma errante.
Esta enxerga dura não é mais tua.
As flores sintéticas, os querubins de granito,
As correntes de aço que cingem teu mansoléu;
O epitáfio, assombroso, plangente,
Teu retrato esmaecido pelo sol e a intempérie,
Inclementes do campo santo.
O triste carvalho, ainda jovem,
Fincando suas raízes vigorosas
No húmus pútredo do teu sepulcro.
Alma errante!
Acabou!
Aí é só podridão. Estagnaste.
A terra clama por teu corpo.
Dá-lo a ela. Os brotos precisam ser germinados.
O guardião te espera.
Desvencilha-te das amarras
Dos prantos dos teus caros.
Do forte magnetismo do epitáfio.
Da perfeição do granito negro.
Das correntes de aço que cingem teu mausoléu.
Um comentário:
MACABRO!
MUITO MACABRO!
bOA ESTREIA.
Postar um comentário