segunda-feira, 23 de junho de 2008

LÚCIFER





















Quedo ao negro azul profundo,
espelho sem aço ou fundo,
lagoa profunda e nau.
Cingro o mar da vira-volta
e pasmo no vôo revolta
a boca do monstro blau.
Clamo ao Céu: _Clemente Céu!
Dai-me a fada preferida,
se desvela e me convida
para a céia de Vesper.
Quero a noite como noiva,
quero a morte como vinha,
seja Vênus a madrinha
do herói que vai nascer.
Que as estrelas _Purpurina!
se despenquem nesta hora
e que a Lua seja minha,
cheia, branca, nua e mora!



Marcelo Farias - Para Entender a Mágica.

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