Um inseto busca o endereço do vazio
A invenção do flerte
aprisionou as canetas turcas
Coleiras perderam-se em seus alvos
Toques, bulas, talas do inconveniente
A maneira brusca do inseto cantar
Não pode escrever
O borrão delicado em sua cabeça
Na paisagem dos mundos que não se evitam
O inseto fez a reza e o mote
De estar na caixinha
Do teu próximo verão
È noite no inseto
Quando sabe-te vazio
Mas urge o delírio
De te habitar
Lacres vazam no perfume dos inseticidas
Deitando a alma em cartas
E as patas algemadas
No infinito encarnado
(Imagem:Mark Ryden)
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