
Quando a neve plantar outra tarde
Thiers R >
‘....O verme perdoa o arado que o corta....’
Blake, no paraíso putrefato pisastes
farsante escondido por frestas
não lambeste o sepulcro e infame verme
Podre! Era podre, verde e ranhento
arrastava-se nos beirais
sentava a calcinha ensangüentada da diva
a chorar dor maldita pela TPM
sofredora diva nestes dias manchados por sangue
ardia fome
Ma belle gritava: '- imundo! Sai de cima...!'
o verme a sorrir como porco espinho
chafurdava líquido sangue cristalino
duas patas, uma orelha, língua partida em cinco
expelia pus
-sai verme maldito deixa que escorra o sangue.
deixa o quase feto livrar-se do mal
deixa que as luzes do universo cantem sinfonias
nesta tarde tepeênica
deixa que a diva cante sonetos
quando a neve plantar outra tarde
que me venha a diva de vestido longo aguçar sentidos
> > > > > > > > > >
Um comentário:
tem texto mais sensual que esse?
lindo!!!
Postar um comentário