Meu íntimo é uma voragem profunda
Um abismo cinéreo contornado por rochas
D´onde mia lívida face macambúzia
S´apaga defronte o archote de mia tocha
Em meu coração há um roto obscuro
D´onde as mazelas s´infiltram em languidez
Guarnecendo as artérias em toques imundos
Azáfama mortalha a encobrir mia insensatez
Navego em blindagem, todo vendado
Num oceano d´águas turvas e viscosas
A.DOR.mecido num temor exagerado
Na implacidez desta vida tormentória
Cá presente neste meu frívolo reinado
Deveras quimérico sigo a rota prateada
D´ond´a luz da cheia lua arraigada
Se perd´em meu imo desconsertado
Esmaecido às intempéries marmóreas do coração
Suturo em partes vivas, os músculos de mia dor
Saboreand´o sangue de mia reles imensidão
Em sôfregas incisões e extremo grito de furor
Por quais venturas percorre o meu sol?
Entre candeias luzidas não o vejo mais doirar
Por quais oceanos despenc´o meu arrebol?
Entr´o negrume celeste e a´urora, findo-m´a um ergastular
por TIAGO TZEPESCH
4 comentários:
Boa estreia Tiago! Muito bom!la
obrigado Me!!
Agradeço demais pela oportuniade!!
Beijos!
Na dor tudo parece mesmo escuridão.
Muito bom!
http://terza-rima.blogspot.com/
Gostei...dos jogos de palavras...humm gostei de tudo ...parabéns! boa semana!
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