Feridas abertas
Regadas às chagas
São pústulas sempiternas
São folhas rasgadas
Quand´o sangue coagula morno
Respingando da tez deruptiva
Anjos despencam no frívolo engodo
Exumando-se em sonata abortiva
Feridas são fendas abusivas
Degladiando-se ao coração prestimoso
Nacos d´almas maltrapilhas
Passado d´um futuro glorioso
Opulentas nuvens pestilentas
Carregadas na secura sentimental
Férvidas gotículas lamarentas
Chuviscos das flores do mal
Sanguessugas portadoras virais
Em salutantes danças lamuriosas
Nênias sibilantes e sepulcrais
Odes maestosas e ruidosas
Sanguessugas portadoras virais
Em salutantes danças lamuriosas
Nênias sibilantes e sepulcrais
Odes maestosas e ruidosas
Seco, por fim, o cruor agourento
Lambendo o sangue coagulado
Findando os tons macilentos
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