Bem vindos ao Cemitério do Vale das Sombras. Uma Necrópole de nossos textos sombrios. Aqui só crônicas, poemas, contos e tudo no bom e velho estilo gótico de viver. Falou de morte? Poste aqui. Tristezas? Raiva? Contos macabros? Fábulas assombrosas? Temas exóticos? Textos fantasmagóricos? Aqui não tem meio sorriso, sorriso inteiro, só choro e sobrenatural. Venha fazer parte das almas atormentadas do Vale das Sombras.
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
ultima ratio
espreito o indefinido como quem morre outra vez
meus olhos carregam cinzas
seguem opacos, cansados
mas avistam a última barreira
um sussurro me confessa mistérios
demônios dançam libertos
tridentes na carne que sangra fustigam meus sonhos
que teimam existir
insisto
rasgo realidades com meu arpão de delírios
penetro o infinito como um bólido
abaixo do limiar, o desejo do verme me devora entranhas
mergulho-me
caminhos a escolher e um destino marcado
resta-me seguir e contar às estrelas
até a treva, seus derradeiros reflexos
haverão de me acompanhar
(Celso Mendes)
2 comentários:
Com certeza vc foi uma das grandes conquistas do Vale! A cada dia teus poemas ficam mais sombrios e mais bonitos. Obrigada por postá-lo aqui.
Obrigado, Me. É um imenso prazer e uma grande honra postar aqui. Não tenho tido muito tempo para participar de suas comunidades como eu gostaria, mas sempre achei seu trabalho e as portas que ele abre a novos escritores algo impagável. Beijo, amiga!
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