Bem vindos ao Cemitério do Vale das Sombras. Uma Necrópole de nossos textos sombrios. Aqui só crônicas, poemas, contos e tudo no bom e velho estilo gótico de viver. Falou de morte? Poste aqui. Tristezas? Raiva? Contos macabros? Fábulas assombrosas? Temas exóticos? Textos fantasmagóricos? Aqui não tem meio sorriso, sorriso inteiro, só choro e sobrenatural. Venha fazer parte das almas atormentadas do Vale das Sombras.
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Infinitudes de um passado em expansão
bebo do sol deste céu
deste sal que me escorre negro
deste lamento turvo e rubro
a arder-me a voz plena de sombras
do mais distante
do mais longínquo
do mais pretérito
arrebol
eu sei, eu sei
sei sim
que vento em pranto
é tempestade
que só
assola lírios inconsolados
pela palavra que queima
e alimenta
a imagem ferida
do entardecer
que silencia
a cada dia
e é assim
afago
manhãs
e afogo
crepúsculos
agonizantes
na escuridão
de noites sem fim
bem aqui
aqui em mim
(Celso Mendes)
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